sábado, 9 de julho de 2011

O Questão ou A Fina Arte de se Fazer Quadrinhos

 Saudações fieis leitores! Volto mais uma vez a falar sobre quadrinhos. Desta vez porém, ao invés de falar de uma minisérie vamos falar sobre a antiga série do Questão escrita pelo genial Dennis O'Neil.  Sem mais delongas aqui vamos nós.

                                                   Capa da primeira edição do Questão


  Antes de começarmos a falar da obra em si, começemos falando sobre seu protagonista, que é relativamente desconhecido por aqui.
  O Questão é um personagem da Era de Prata dos Quadrinhos (cerca de 1956 a 1970), criado originalmente por Steve Ditko e originamente publicado pela Charlton Comics. Seu alter ego era o repórter investigativo Vic Sage que trabalhava na TV de Hub City. Pouco após à sua estreia na TV, ele resolveu investigar o Dr. Arby Twain. Sua aproximação no caso se deveu ao seu antigo professor, o cientista Aristoteles Rodor (também conhecido como Tot), que contou à Sage sobre um projeto que desenvolvia junto com o Dr. Twain. O projeto consistia em uma pseudo-pele, que seria usada como um tipo de bandagem que seria fixada com a ajuda de um gás, porém a pseudo-pele demonstrou altos indíces de toxicidade que poderia inclusive matar caso fosse aplicada em feridas abertas. Ambos os cientistas concordoram em desistir do projeto, porém o Dr. Rodor descrobiu que seu parceiro iria vender a pseudo-pele para nações do terceiro mundo, mesmo sabendo dos riscos nela envolvidos.
   Decidido à impedir o Dr. Twain, mas não querendo expor sua identidade, Vic decide usar - graças à uma sugestão de Tot - uma máscara feita de pseudo-pele.E assim nasceu o Questão. Em um resumo da missa, Sage consegue deter o Dr. Twain e decide continuar com o disfarçe, que seria fornecido pelo Professor Rodor.
   Mais tarde, quando a Charlton foi comprada pela DC, e com isso seus personagens passaram a integrar o universo de heróis da editora, o que nos trás até o ano de 1987, quando Dennis O'Neil e Dennis Cowan assumem o personagem, naquilo que se tornou - ao menos em minha modesta opinião - uma das melhores séries de quadrinhos da história (apesar de sua curta duração de apenas 36 edições mais 2 anuais).
    Nessa série, a ação se passa em uma Hub City, mais violenta e corrupta do que Gotham City (terra de outro famoso detetive). Aqui os antagonistas não são super-vilões megalomaníacos de trajes coloridos, e sim políticos corruptos, traficantes de drogas e outros tipos de criminosos que conhecemos de nosso dia-a-dia. O protagonista é apenas um indivíduo comum, passível de sofrer ferimentos sérios e de se tornar récem, cujas únicas armas são o seu treinamento em artes marcias e a vontade de fazer a coisa certa. As histórias geralmente são fechadas, não se estendendo em enormes arcos, elas geralmente são simples, mas são trabalhadas de tal maneira pelo O'Neil que se tornam algo incrivelmente complexo, por vezes envolvendo fortes questionamentos tanto de cunho filosófico como social, sendo por assim dizer, um fruto amadurecido de todo o seu trabalho.
  Os temas abordados pela série estão mais voltados para o público adulto (ideal para aqueles que procuram ler algo um pouco mais sério, e para provar uma vez mais que quadrinhos não são só coisas de criança) e permanecem atuais, mesmo após quase 24 anos de sua publicação.
   A belíssima arte da série se casa de  perfeitamente com o enredo, ajudando a dar o tom sombrio e sórdido da série, típico das histórias pulps.


 
Essa série já chegou a ser publicada no Brasil, na revista "Os Caçadores" da Editora Abril (1990-1991), mas não de maneira completa (tanto no que diz respeito aos cortes, como nas edições). No Brasil, a Panini Comics publicou em 2009 o encadernado "O Questão - O Zen e a Arte da Violência" contendo as seis primeiras edições da série - apesar do preço salgado, cerca de 46 reais se bem me lembro, é um encadernado que vale a pena, seja pelo seu acabamento, seja pelo ótimo material. Vale lembrar que "O Zen e a Arte da Violência" foi o primeiro dos encadernados lançados lá fora (se não me engano, toda a série já foi republicada em encadernados),  agora é só uma Questão de tempo para ver se a Panini relança na íntegra essa excelente série.
    

Bom, essa foi a minha matéria sobre a sérei do Questão, espero que tenham gostado, e acima de tudo, espero ter feito um trabalho digno de retratar essa magnífcia série, conseguindo isso, meu trabalho terá sido feito.
    P-P-Por hoje é só, pessoal!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Análise: Dead Space

Saudações fieis leitores, hoje venho para vos falar sobre um jogo deveras interessante e divertido. O terror espacial lançado em 20 de Outubro de 2008 e conhecido como Dead Space, que já rendeu uma continuação, uma animação e uma série de quadrinhos. Sem mais delongas aqui vamos nós!


DEAD SPACE (2008):




Ficha Técnica:
Desenvolvedora: Visceral Games (antiga EA Redwood Shores)
Distribuidora: EA Games
Gênero: Survival Horror, Third-Person Shooter
Lançamento:14 de Outubro de 2008 - X-Box e PS3 20 de Outubro - PCs
Outras versões disponíveis: PS3 e PCs.

HISTÓRIA:

Vamos começar com o tópico mais interessante do jogo a história. No começo do jogo somos apresentados ao engenheiro Isaac Clark - o protagonista do jogo (cujo nome é uma referência à dois grandes escritores de ficção científica, Isaac Asimov e Arthur C. Clark - Kendra Daniels e Zach Hammond, membros da tripulação da nave Kellion enviada para averiguar e reparar o grande cargueiro USG Ishimura, que deixou de se comunicar à muito tempo com o mundo exterior. Isaac, porém, tem mais um motivo para estar nessa expedição. Sua namorada desaparecida, Nicole, que era uma das tripulantes do Ishimura. A isso segue-se a aterrissagem na Ishimura, e a descoberta de que algo está terrivelmente errado. Esse algo são os necromorphs (necromorfos em uma tradução livre), uma bactéria que possui cadáveres lhes devolvendo a vida em uma forma distorcida e bizarra. Some-se a isso a presença de uma estranha seita religiosa dentro da nave e a presença de um bizarro artefato e você vai ter uma história que se desenvolve marivilhosamente bem, chegando a um final inesperado - e sensacional.



Este é o inimigo, lembre-se de atirar nos membros.

Jogabilidade:

Os controles do jogo funcionam bem, apesar de que o combate corpo à corpo ter seus problemas. A "sacada" de ter que desmembrar os necromorphs para matá-los efetivamente dá um tom estratégico ao jogo - apesar de que com o tempo isso se torne repetitivo. Ao longo do jogo também será possível fazer upgrades em suas armas e comprar novas armaduras que lhe darão maior proteção e mais espaço no inventário.
A ação brutal é compensada com quebra-cabeças bem interessantes, mas os objetivos são muito lineares - nada que vá atrapalhar muito o jogo. As lutas com os chefes são bem divertidas e exigem por vezes uma estratégia.
Outra coisa bastante interessante do jogo é que apesar de ser um shooter, ele ocorre inteiramente em terceira pessoa - o que ajuda a dar forma ao clima de terror - e o HUD foi sabiamente simplificado - a vida é medida através do fluído espinhal que se encontra nas costas de Isaac, e a munição pode ser vista na própria arma.
Como qualquer jogo de terror que se preze, há uma grande quantidade de sustos, corpos desemembrados e sangue por todo o jogo - apesar de que em alguns momentos ocorram coisas bem previsíveis.

Necromorph, Arma. Arma, Necromorph.


Som e Gráficos:

O som do jogo é excelente, dublagens bem feitas, os sons sejam de explosões ou de objetos se partindo são bastante reais - até a "ausência" de som nos momentos em que o jogador entra no vácuo. Todo o conjunto funciona perfeitamente para compor o clima de um bom jogo de terror. Os gráficos também são muito bons, não são nem extraordinários, nem muito simples. As cut-cenes também ficaram muito bem feitas. A aparência do sangue e dos corpos ficaram perfeitos. E a forma como o sangue e os corpos flutuam na ausência de gravidade é simplesmente perturbadora.


Isso não é um encontro de velhos amigos.




Balanço Final:

Dead Space é um ótimo jogo, apesar de pequenos problemas na mecânica do jogo e de sua linearidade de objetivos, uma história envolvente, os bons gráficos, o ótimo som e uma jogabilidade bem bolada redimem qualquer um desses pequenos erros. Podemos dizer que com certeza Dead Space por merecer um lugar de destaque na história do survival horror.
Se você é um fã do gênero, é uma ótima pedida. Se você não é, mas ainda assim gostar de um jogo com uma boa história, também recomendo o Dead Space. Mas se você não gsota do gênero e nem se importa com história, é melhor evitar esse jogo.


Não, ele não é um face hunger.




Pois é, essa foi minha análise, dei uma mudada em relação às outras e gostaria de saber a opinião de vocês para saber se assim ficou melhor. Qualquer dia desses eu falo sobre a continuação do jogo. Inté a próxima!

domingo, 15 de maio de 2011

Piores jogos baseados em Super Heróis

Olá de novo, fieis leitores. Após um post dedicado aos quadrinhos vamos voltar a falar sobre jogos. Desta vez, vamos falar sobre os cinco piores jogos já feitos envolvendo os nomes de super-heróis - alguns deles feitos para sairem junto com os filmes o que ajuda em muito para piorar a situação. Então sem mais delongas começemos o massacre:


5 - Batman & Robin (1998) para PS1:


Baseado no infame filme de mesmo nome, o jogo até que tinha uma premissa legal, com a possibilidade de se explorar a Batcaverna, dirigir por toda Gotham City, usar o Batman, o Robin ou a Batgirl e até usar a cabeça para descobrir onde o Sr.Frio irira realizar os seus ataques mas uma camêra péssima, controles terríveis, movimentos muito travados e gráficos horríveis fazem desse jogo uma bela porcaria.


4 - Spawn: Armagedon (2003) para PS2, x-Box e GameCube:


Taí, esse jogo até que não é tão ruim assim. A história é bem legal, os sons também ficaram muito bons, as duas únicas animações do jogo são bem feitas, e possui uma galeria com as capas dos quadrinhos (Deus, como sinto falta disso em um jogo!). Mas os gráficos do jogo são bem fraquinhos, os controles absurdamente repetitivos (é sério, só há no maximo dois combos em todo o jogo)de modo que a solução para todos os seus problemas se resume a apertar o botão de ataque sem parar (as armas e os poderes são quase enfeites), não existe inteligência artificial e quase todos os chefes por algum motivo são gigantes,


3 - Ghost Rider (2007) para PS2, PSP e GBA:


Meu Deus, esse jogo consegue dar nojo! A história é decente com referências e aparições de personagens clássicos da mitologia do Motoqueiro, mas os controles são péssimos, há pouca diversidade nos inimigos, as fases com a moto são medíocres, os gráficos são péssimos, os ataques são plágios descarados do Kratos de God Of War (até o som da barra de upgrade é igual ao do God Of War!) e o pior o jogo não tem alma, fica a sensação de que falta algo - sem falar que o esquema de todo o jogo é: sair na porrada, avançar, mais porrada, porta trancada, desvio, porrada, volta para porta.


2- The Incredible Hulk (2008) para X-Box 360, PS3, PS2, PC, DS e Wii:


Bom, o que eu mais detestei nesse jogo foi que ele não possui vida, é um plágio descarado e piorado do excelente Ultimate Destruction para PS2, só que destrui o que foi aquele jogo. As lutas com os chefes que eram o melhor de UD aqui fora desgraçadamente limitidas (os chefes perderam quase toda a inteligência) e tiveram sua graça retirada, a história é muito fraca e as missões muito repetitivas. Uma ofensa ao que foi o Ultimate Destruction.


1-Iron Man 2 (2010) para PS3, X-Box 360, DS e Wii:




Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que p&%## foi essa? O jogo conseguiu ser pior do que o primeiro (exceto nos gráficos, que continuaram bem ruizinhos por sinal). A jogabilidade é um lixo, o sistema de mira não funciona, as lutas com os chefes são frustrantes em decorrência dos controles horríveis, os inimigos se repetem por todo o jogo, as fases são muito iguais e a falta de inteligência dos oponentes tira o resto da graça do jogo. A história é legal e bem bolada, mas nem ela salva esse lixo que foi o Iron Man 2 (que vergonha, Sega!).


Pois é, esse foi o meu Top Five dos jogos ruins, e vocês concordam com ele? discordam? acham que falta algum jogo? Sintam-se à vontade para deixar vossas impressões, fieis leitores.
Na próxima postagem, vou falar da nata dos jogos que levam o nome de heróis e que deviam servir de exemplo para todos os produtores de jogos. até lá!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Batman:Arkham City

Saudações aos fieis leitores! Voltando a postar assuntos relacionados a jogos, vou postar aqui o trailer do jogo que (em minha humilde opinião) vai ser o jogo do ano - Batman:Arkham City. O jogo continuação do espetacular Arkham Asylum (lançado em 2009) vai ler o maior detetive do mundo para dentro de Arlham City, um conjunto de bairros transformados em prisão e dirigido por um de seus grandes inimigos: Hugo Strange.



Alguma dúvida de que o jogo promete?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Hqs no Brasil: Manifesto pela volta do Spawn

Bom, voltando de um longo período de ausência volto a postar neste blog, voltando a falar sobre HQs. Mas desta vez vou falar brevemente de uma campanha iniciada por Leandro Cruz (Leo Violador) colaborador do Spawn Alley para a volta das publicações das histórias do Soldado do Inferno aqui no Brasil.



A campanha(a grosso modo)busca a agariação de cadastros para mostrar que existe gente interessada pelo personagem em nosso país. Para quem não sabe as histórias do Spawn deixaram de ser publicadas em novembro 2008 no número 178 da revista (sem ter sido zerado ou pulado alguma edição). Desde então ficamos dois anos sem notícias do Soldado do Inferno.
Para maiores informações aqui vai o link do Spawn Alley: http://www.spawnalley.blogspot.com/

Antes de finalizar este post gostaria de parabenizar essa campanha do Spawn Alley (e que ela sirva de exemplo para todos nós, fãs de quadrinhos.)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

HQs para iniciantes II

Feliz Ano Novo pessoal! Após um período sem postar nada retorno com esta coluna voltada a dar uma ajuda para aqueles que querem começar a ler quadrinhos e desta vez vou falar sobre uma mini relativamente atual chamada Surfista Prateado: Réquiem.


HQS PARA INICANTES II - RÉQUIEM PARA UM HÉROI




O Surfista Prateado foi criado em 1966 por Jack Kirby, e estreou na edição de número 48 do Quarteto Fantástico na primeira parte do arco conhecido como "A Trilogia de Galactus". O Surfistas se diferencia dos demais hérois por seguir uma linha mais filosófica e reflexiva, tendo até, se não exagero, uma beleza poética (quem leu as primeiras histórias do volume 1 ou a Parábola de Lee e Moebius vão entender melhor sobre o que estou falando). Aprisionado na Terra após ter traído Galactus o Surfista passa a questionar inumanidade do homem, tendo assim se destacado na epóca de seu lançamento. Entre os melhores trabalhos envolvendo o Surfista temos os já citados v1, a Parábola de Lee e Moebius (que pretendo falar futuramente), a passagem de Jim Starlin no volume 3 e por fim a minisérie Réquiem (se esqueci algo, por favor me lembrem).
Surfista Prateado Réquiem uma minisérie em quatro edições lançadas em 2007, escritas por J. Michael Straczynski e belamente desenhada por Esad Ribic é, sme dúvida, uma das mais belas histórias já feitas em toda nona arte. Nesta história,(em um universo alternativo vale-se lembrar)
após sentir-se mal o Surfista faz uma visita à Reed Richards e descobre que sua hora está chegando, e que não há nada que ele possa fazer, a partir daí se desenrola a história.
Para aqueles que acham que está é a típica morte de super-héroi com retorno em uma semana, sinto em informar que escolheram a mini errada. Aqui, a morte é inevitável, está ali firme e forte só esperando sua deixa. A melancolia domina a história do começo ao fim, a arte ajuda muito a passar essa ideia assim como as cores (tá certo, pode ser viagem minha) que dão aquele tom de fim de tarde, o outono antes do inverno, o crepúsculo da vida e por aí vai. Mas é essa mesma melancolia que termina por dar a beleza da história. O nobre, porém caído Surfista Prateado em sua última jornada. De resto, a história permance fiel ao Surfista, apresentando-o como personagem filósofo introspectivo, profundo e nobre que ele sempre foi, sempre disposto a lutar mesmo contra todas as probabilidades. No fim, Réquiem é uma obra que tem que ser lida tanto por fãs do personagem como por aqueles que nem sequer o conhecem, sendo de longe um dos mais belos trabalhos já feitos com o personagem

Bom, essa foi minha segunda análise, espero ter melhorado, e também espero sinceramente que tenham gostado dela, inté mais!