Olá, amigos da Sala
Reclusa! Foi um longo e excelente mês de Copa do Mundo, com isso, acabei me
dedicando com maior prioridade a Tribuna do Cisco, porém o Mundial chegou ao
fim e volto minhas atenções para muita coisa que aconteceu em junho e julho.
Primeiramente, escolhi recomeçar falando da melhor série da atualidade, isso
mesmo, Game of Thrones chegou a quarta temporada gerando muitas expectativas,
essas confirmadas com mais dez episódios excepcionais! A direção novamente
acertou em, mesclar os cinco livros para não perder o foco em quase nenhum
personagem importante, sem falar da chegada de novos personagens que se
destacaram, alguns deixaram saudades!
A quarta temporada só não superou a primeira em questão de qualidade. (Sala Reclusa) |
A nova temporada começou
com rumos sendo tomado, por exemplo, os Lannisters tinham um caminho muito bem
encaminhado, Joffrey era o rei, Tywin voltou e se estabilizou como a mão do rei
e o casamento com Margaery Tyrell estava se aproximando. Tudo estava bem
definido, principalmente com o assassinato de Robb e Catelyn Stark, sem falar
do enfraquecimento de Stanis Baratheon ainda graças a perda na batalha de Água
Negra. Com muitas famílias rivais em crise, os “donos” dos 7 reinos seguiam em
busca de alianças, já haviam conquistado o apoio dos Tyrell, Mindinho havia
sido mandado a Ninho da Águia para se casar com Lysa e conquistar mais um
apoio, poucos imaginavam que Mindinho planejava contra Lysa, além dos planos
junto a Sansa Stark, uma personagem desagradável, apesar de bonita. Enquanto
isso, em Porto Real, surge o ponto alto da temporada, o melhor personagem sem
sombra de dúvidas.
Pedro Pascal encarnou
Oberyn Martell e logo ganhou milhões de adeptos (incluindo a minha pessoa), a
Víbora Vermelha chegou sedento por vingança e os alvos eram justamente os
Lannisters, Tywin sabia disso, por isso fez o convite. Vamos lá, como destaque da grande temporada
coloco a morte de dois Lannisters, primeiro, logo no terceiro episódio (Breaker of Chains),
vimos o odiado Joffrey ser envenenado misteriosamente e morrer logo depois de
seu casamento. Os indícios apontavam que Tyrion e Sansa foram que planejaram
tudo, depois foi descoberto que Mindinho e Olenna Redwyne foram quem
arquitetaram o plano para derrubar o mais psicopata personagem da série... Quer
dizer, um páreo duro com Ramsay Bolton. A segunda morte surpreendente foi a de
Tywin Lannister, o pai e líder da família foi assassinado pelo seu próprio
filho (Tyrion) no último episódio (The
Children) da temporada, deixando ainda mais espetacular o que
virá na quinta temporada, Tywin merecia morrer, sempre destratou o inteligente
anão e falhou em importantes atos, apesar disso, ele era um herói de guerra,
estrategista e o grande mentor da família, sem Tywin, os Lannisters estão
perdidos!
É verdade que uma das
evoluções da série em seu quarto ano foi o aumento no número de cenas de ação,
grande prova disso foi o penúltimo episódio (The Watchers on the Wall) que
retrata a frustrada tentativa de Mance Rayder em invadir a Muralha, mais uma
vez, os homens de preto se safaram, primeiro porque contaram com o talento e
inteligência de Jon Snow, depois pela esperteza de Stanis que chegou no momento
certo para salvar os corvos e conquistar uma futura aliança, uma tacada de
mestre do último Baratheon sobrevivente entre os três irmãos. Outra cena de
muita ação foi a fantástica luta entre a Montanha e a Víbora Vermelha que
aconteceu no oitavo episódio (The Mountain and the Viper), o grande problema
foi que o confronto durou no máximo 5 minutos, se desenrolando muito
rapidamente e acabando com as esperanças de muitos fãs que ainda sonham ver uma
cena de ação de verdade, longa, uma guerra! Entretanto, o duelo teve um
desfecho chocante, fazendo com que Game Of Thrones se aproximasse de Spartacus
no quesito violência.
Mesmo vencendo, Oberyn
tinha um ideal muito interessante, fazer com que a Montanha confessasse os
assassinatos de Elia e Aegon Martell e dissesse que Tywin havia o mandado para
essa missão. Contudo, a Montanha não tinha esse apelido por qualquer coisa e
mesmo envenenado e ferido, conseguiu segurar a cabeça do rival, furar seus
olhos e pressionar a cabeça até explodir, não foi só a cena mais chocante da
temporada, foi a cena mais chocante da história da série, um desfecho
sensacional para o personagem de Proença que praticamente estabilizou uma
carreira internacional, enquanto vimos o fim de um dos mais míticos personagens
da história, Sor Gregor Clegane, a Montanha. Os sobreviventes Starks
continuaram suas missões, Arya seguia com o Cão de Caça em busca de segurança,
mas aonde eles chegavam o rastro da morte os acompanhavam, foi dessa forma que
Sandor Clegane sentiu a morte se aproximar quando enfrentou Brienne de Tarth,
ele ficou muito ferido e foi abandonado por Arya que segue sendo uma das
melhores personagens do épico. A garota agora segue para Bravos a fim de se
tornar membro do clã dos Sem Face, será que a garota reencontrará o espetacular
Jaqen?
Enquanto isso, Bran Stark
enfim chegou ao Corvo de Três olhos, o seu bando acabou perdendo Jojen, mas a
experiência com o Corvo provavelmente tornará Bran um grande sábio, ele é uma
figura que merece muita atenção. Um personagem que tem me conquistado bastante
é a figura de Jaime Lannister, o arrogante e idiota da primeira temporada
aprendeu com o tempo que ficou aprisionado por Robb Stark, nas conversas com
Catelyn e nas aventuras com Brienne. Agora, ele é de fato um cavaleiro mais
justo, mais sensato e pensa muito mais no melhor para os seus irmãos, foi ele
quem libertou Tyrion, o problema é que ele não sabia o caos que a libertação
causaria. Visando personagens que eu detesto, vimos Ramsay conquistar
territórios e o apoio do seu pai, Roose Bolton não só oficializou o bastardo
como seu filho como cedeu terras para o garoto insano. Vale lembrar que ele fez
Theon Greyjoy enlouquecer, não que ele não merecesse, mas tem que ter muito
sangue frio para cometer tal ato. Já Cersei Lannister, mais uma personagem
detestável, viu seu mundo desabar com a morte de Joffrey, além disso, ela não
conseguiu confirmar seu plano com a morte de Tyrion, em vez disso, a morte de
Tywin deve encerrar com qualquer plano da dama de ferro de Porto Real,
sinceramente, ainda bem, não tem como tolerar Cersei.
A quarta temporada em algumas imagens, quem assistiu certamente se lembrará de cada uma. (Sala Reclusa) |
Por último, a intolerável
Daenerys Targaryen segue como uma grande ditadora libertando escravos e
assassinando os senhores a cada local que chega, nesta temporada, ficou claro
que ela não tem nenhuma autoridade com seus dragões (acredito até que eles
serão os responsáveis por sua morte, nada confirmado, é só uma teoria
conspiratória), sem falar da perda de confiança de alguns dos povos que a seguem,
lembrando que ela descobriu que Jorah Mormont era espião de Varys e o mandou
embora. Dany era interessante quando Khal Drogo comandava, depois de sua morte,
até surgiu um personagem legal, mas é quase impossível que Daario Naharis
complete o vácuo deixado pelo líder Dothraki. No mais, uma temporada
espetacular, para mim, a quarta temporada só perde em nível de qualidade para a
primeira, foi impressionante a forma como Game of Thrones iniciou seus
trabalhos, mais impressionante ainda foi a forma como quase colocaram tudo a
perder no segundo ano (por sinal, que temporada horrível!), respirando no
terceiro e se estabilizando no quarto. Acredito que a série só crescerá, muitos
personagens irão aparecer para suprir o sério desfalque de Pedro Pascal e seu Oberyn
Martell, além de outros tantos que deixam a séria a cada temporada, acho muito
interessante essa mudança cronológica que a HBO faz para manter todos os
principais personagens em curso, mas coloco a falta de ação como o grande
pecado da melhor série dos últimos anos, estou bastante ansioso para 2015 e o
tão falado quinto livro chegar as telas na quinta temporada de Game of Thrones.
Nota:
10,0.