segunda-feira, 23 de maio de 2016

X-Men Apocalipse - Resenha Crítica

A saga da Marvel, produzida pela Fox, mais sólida do cinema chega ao seu nono filme (X-Men – 2000, X-Men 2 – 2003, X-Men O Confronto Final – 2006, X-Men Origens de Wolverine – 2009), X-Men Primeira Classe – 2011, Wolverine Imortal – 2013, X-Men Dias de Um Futuro Esquecido – 2014 e mais recentemente Deadpool – 2016). A escola de mutantes do Professor Xavier mostra mais uma vez que o casamento com o grupo californiano tem rendido o esperado e dificilmente cairá nas mãos da Marvel... Ainda bem!
X-Men Apocalipse é um bom filme, diferente do que a crítica vinha noticiando, os mutantes seguem nas mãos certas. (Divulgação)
O filme que consagrou Michael Fassbender e James McAvoy chega a sua trilogia, diferentemente da produção original, Bryan Singer fez questão de assinar para não cair em mãos erradas como em O Confronto Final. Ele segue sua perspectiva proposta desde X-Men Primeira Classe, focando em três personagens, Charles Xavier (James McAvoy) que abraçou a causa na Academia para mutantes que objetiva o ingresso de seres superdotados para socialização e controle de seus dons. Erik Lehnsherr/Magneto (Michael Fassbender), que abriu mão de seus poderes após os acontecimentos em Dias de Um Futuro Esquecido para viver no anonimato na Polônia, onde possui esposa e filha. Por fim, temos Jennifer Lawrence, a atriz é alvo de duras críticas por não se apresentar como Mística durante o filme, a verdade é que após o Oscar, ela jamais voltou a ser a mutante, se transformando na heroína protagonista da saga.

O longa repete a estrutura de sucesso dos antecessores, o conflito político humanos VS mutantes, a sociedade dos anos 1980 e as crises existenciais das personagens principais são exemplos de enredo. Além disso, temos mais uma cena espetacular de Mercúrio (Evan Peters), que por sinal é muito melhor que o Mercúrio da Marvel Studios e, a nova participação especial de Hugh Jackman como Wolverine, a franquia jamais deixaria de utilizar o seu maior personagem (aguardemos o próximo filme, com censura 18 anos). As novidades se dão por conta dos novos jovens mutantes, é fantástico assistir a estreia da jovem Tempestade (Alexandra Shipp), a garota tem atuação destacada, digna de Halle Berry. Ainda pudemos ver Ciclope (Tye Sheridan) sendo o líder que faltou nos filmes do início dos anos 2000, Jean Grey (Sophie Turner), a Sansa de Game Of Thrones atuando em outro papel, Norturno (Kodi Smit-McPhee), Anjo (Ben Hardy) e Psylocke (Olivia Munn).

Novos velhos mutantes, um vilão que poderia ser atraente
 e um ótimo Fassbender. (Sala Reclusa)
Despertado de um sono profundo, Apocalipse renasce sem um objetivo claro, algo semelhante a Ultron em Vingadores 2: Era de Ultron, destruição em massa. Ele encontra quatro mutantes com histórias distintas, os escolhe como seus quatro cavaleiros, expõe seus poderes, mas termina sem foco ao modificar seus planos no desenvolver do filme. O fato curioso é a convocação desses cavaleiros, o vilão escolhe a escória jogada na sarjeta, uma Tempestade que utilizava seus poderes para roubar comida e dinheiro, Psylocke que era apenas um instrumento de um mercenário, um Anjo abatido sem poder voar e um Magneto que em todo momento muda de lado. Os planos do vilão até dariam certo, mas qual era mesmo o seu plano? Tudo muda de figura quando Apocalipse descobre os talentos do Professor Xavier, agora ele deseja incorporar seu dom para enfim deixar de ser o falso deus, construindo um reinado ilimitado, completo.

No geral, o filme é bastante clichê, aposta na fórmula que deu certo em filmes passados, mas Bryan Singer optou por manter o formato para não cometer o erro que um dia o estúdio cometeu (O Confronto Final). A decisão foi muito acertada, temos um filme bastante divertido, uma trilogia sólida, que ainda abre espaço para novas sequências, o elenco é bem amplo e há brechas para o ingresso de novos mutantes, vida longa aos X-Mens!

Nota: 7/10