A saga da Marvel,
produzida pela Fox, mais sólida do cinema chega ao seu nono filme (X-Men –
2000, X-Men 2 – 2003, X-Men O Confronto Final – 2006, X-Men Origens de
Wolverine – 2009), X-Men Primeira Classe – 2011, Wolverine Imortal – 2013,
X-Men Dias de Um Futuro Esquecido – 2014 e mais recentemente Deadpool – 2016).
A escola de mutantes do Professor Xavier mostra mais uma vez que o casamento
com o grupo californiano tem rendido o esperado e dificilmente cairá nas mãos
da Marvel... Ainda bem!
X-Men Apocalipse é um bom filme, diferente do que a crítica vinha noticiando, os mutantes seguem nas mãos certas. (Divulgação) |
O filme que consagrou
Michael Fassbender e James McAvoy chega a sua trilogia, diferentemente da
produção original, Bryan Singer fez questão de assinar para não cair em mãos
erradas como em O Confronto Final. Ele segue sua perspectiva proposta desde
X-Men Primeira Classe, focando em três personagens, Charles Xavier (James
McAvoy) que abraçou a causa na Academia para mutantes que objetiva o ingresso
de seres superdotados para socialização e controle de seus dons. Erik
Lehnsherr/Magneto (Michael Fassbender), que abriu mão de seus poderes após os
acontecimentos em Dias de Um Futuro Esquecido para viver no anonimato na
Polônia, onde possui esposa e filha. Por fim, temos Jennifer Lawrence, a atriz
é alvo de duras críticas por não se apresentar como Mística durante o filme, a
verdade é que após o Oscar, ela jamais voltou a ser a mutante, se transformando
na heroína protagonista da saga.
O longa repete a estrutura
de sucesso dos antecessores, o conflito político humanos VS mutantes, a
sociedade dos anos 1980 e as crises existenciais das personagens principais são
exemplos de enredo. Além disso, temos mais uma cena espetacular de Mercúrio
(Evan Peters), que por sinal é muito melhor que o Mercúrio da Marvel Studios e,
a nova participação especial de Hugh Jackman como Wolverine, a franquia jamais
deixaria de utilizar o seu maior personagem (aguardemos o próximo filme, com
censura 18 anos). As novidades se dão por conta dos novos jovens mutantes, é
fantástico assistir a estreia da jovem Tempestade (Alexandra Shipp), a garota
tem atuação destacada, digna de Halle Berry. Ainda pudemos ver Ciclope (Tye
Sheridan) sendo o líder que faltou nos filmes do início dos anos 2000, Jean
Grey (Sophie Turner), a Sansa de Game Of Thrones atuando em outro papel,
Norturno (Kodi Smit-McPhee), Anjo (Ben Hardy) e Psylocke (Olivia Munn).
Novos velhos mutantes, um vilão que poderia ser atraente e um ótimo Fassbender. (Sala Reclusa) |
Despertado de um sono
profundo, Apocalipse renasce sem um objetivo claro, algo semelhante a Ultron em
Vingadores 2: Era de Ultron, destruição em massa. Ele encontra quatro mutantes
com histórias distintas, os escolhe como seus quatro cavaleiros, expõe seus
poderes, mas termina sem foco ao modificar seus planos no desenvolver do filme.
O fato curioso é a convocação desses cavaleiros, o vilão escolhe a escória
jogada na sarjeta, uma Tempestade que utilizava seus poderes para roubar comida
e dinheiro, Psylocke que era apenas um instrumento de um mercenário, um Anjo
abatido sem poder voar e um Magneto que em todo momento muda de lado. Os planos
do vilão até dariam certo, mas qual era mesmo o seu plano? Tudo muda de figura
quando Apocalipse descobre os talentos do Professor Xavier, agora ele deseja
incorporar seu dom para enfim deixar de ser o falso deus, construindo um
reinado ilimitado, completo.
No geral, o filme é
bastante clichê, aposta na fórmula que deu certo em filmes passados, mas Bryan
Singer optou por manter o formato para não cometer o erro que um dia o estúdio
cometeu (O Confronto Final). A decisão foi muito acertada, temos um filme
bastante divertido, uma trilogia sólida, que ainda abre espaço para novas
sequências, o elenco é bem amplo e há brechas para o ingresso de novos
mutantes, vida longa aos X-Mens!
Nota: 7/10