segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Carrie: A Estranha – Resenha Crítica

Salve, salve companheiros da Sala Reclusa, já estamos em 2014 e, hoje, estamos de volta ao trabalho de resenhar os grandes sucessos que estão no ar nos cinemas de todo o planeta. Para começar o ano com o pé direito, baixei uma série de filmes para poder escrever um pouco, alguns por indicação, outros por pura curiosidade, contudo, estreio em 2014 com o remake de Carrie: A Estranha. O filme foi dirigido por Kimberly Peirce, americana de 46 anos com poucos trabalhos no currículo, no elenco, os destaques vão para a falta de brilho da fofíssima e bela Chloë Grace Moretz (A Invenção de Hugo Cabret) e as boas atuações de Julianne Moore (Parque dos Dinossauros) e Judy Greer (Two and a Half Man).
Boa história para pouco filme. (Divulgação)

O primeiro filme foi rodado em 1976, se tornou um grande sucesso, mas era óbvio que a aclamada obra de um dos mestres do terror, Stephen King merecia um filme na atualidade. O filme começa com o parto para lá de paranormal de Margaret White (Julianne Moore), a mulher, visivelmente perturbada, se articula para matar o bebê, porém a compaixão de mãe a faz desistir, cuidando da menina. Quando adolescente, Carrie tem a primeira menstruação, o problema é que ela menstrua no vestiário da escola, fazendo um escândalo e gerando uma prática de bullying que vai transformar o desenrolar da história.

Resultando em vídeo na internet, o bullying mexeu, de alguma forma, com todas as garotas da turma, Carrie (Chloë Grace Moretz) vai se descobrindo como mulher e como seus “atos” paranormais, Sue Snell (Gabriella Wilde) se arrepende e passa todo o filme com remorso do que fez, coitadinha. Chris Hargensen (Portia Doubleday), a que mais dá força e divulga o terror psicológico com Carrie, deixa de ser só uma patricinha e se torna um verdadeiro monstro, causando uma soma de sensações terríveis na garota “mutante”.

Difícil relação entre mãe e filha é um
dos focos da história. (Divulgação)
Após a cena traumatizante, a professora Rita Desjardin (Judy Greer) é quem mais dá força a Carrie, punindo severamente as patricinhas, ameaçando de suspender as garotas e proibir a participação no baile de formatura. O que eu sinceramente não entendendo é essa fixação dos americanos em bailes escolares, pode ser um pouco de ignorância por viver outra cultura, mas acho uma grande bobagem. Seguindo a história, percebe-se o verdadeiro terror psicológico de Carrie dentro de casa, a mãe da garota é uma fanática religiosa que se auto-flagela e obriga Carrie a virar noites trancadas em um armário rezando para imagens de Cristo sofrendo na cruz, criando certo medo da garota para com Cristo e suas dores.

Arrependida, Sue tem a ideia e pede para seu namorado, Tommy Ross (Ansel Elgort) convide Carrie para o baile, ela abre mão do baile para tentar fazer com que nossa estranha protagonista fique feliz, um gesto nobre que poucos são capazes de fazer. Enquanto isso, Chris e seu namorado marginal, Billy Nolan (Alex Russell) armam para fazer Carrie pagar mais um mico, dessa vez, em pleno baile de formatura. O casal roubam sangue de um porco e colocam em um balde, além disso, eles alteram a votação para rei e rainha do baile, resultando em mais humilhação para a bela Carrie.

No baile, o fato acontece, mas antes disso, vemos momentos para lá de felizes de Carrie, ela começa a se apaixonar por Tommy, confesso que me apaixono pelas atuações de Chloë, com apenas 16 anos, a atriz faz papeis de adultos, fantástica! Mas, de fato, ela não empolga como Carrie. Bem, voltando a falar do filme, Sue invade o baile para tentar salvar Carrie e desmascarar Chris, infelizmente já era tarde demais, o sangue de porco vai descendo pelo corpo da garota, enquanto o ódio toma conta de seu coração, resultando em cenas assustadoras, com seus “poderes”, se é que dá para chamar isso de poder, a menina se vinga de todos os que armaram e riram dela, dando-lhes mortes tenebrosas. O que ela não contava era que seu ato resultasse na morte de Tommy, o balde cai em sua cabeça com uma força que abre a face do rapaz, isso mesmo, as mortes são tenebrosas.

O final é então fantástico, ela se vinga de Chris de uma maneira que a garota jamais esqueceria... Se tivesse vivido para contar história, terminando em uma discussão agressiva de mãe e filha, culminando na morte brutal de Margaret. Carrie vive momentos de tensão que ela jamais imaginava viver, ela foi do inferno ao céu e retornou ao inferno em um só dia, ela se sacrifica por estar arrependida de seus atos, isso quando ela volta para si, mas já era tarde demais.
Carrie, a sem emoção. (Divulgação)

Pois bem, minhas críticas para o longa são pesadas, eu, sinceramente acho a história muito boba. Não no quesito terror psicológico, e sim no quesito enredo, tudo aquilo por um baile de formatura, o que essas garotas americanas têm na cabeça? Contudo, os efeitos do filme não são dos melhores, bom, para quem crítica os efeitos da série Spartacus, assista a Carrie e veja o que são péssimos gráficos. Por outro lado, quero fazer você refletir em dois pontos, primeiro, até onde o terror psicológico pode levar um adolescente? A uma vingança sanguinária ou um suicídio precoce? A outra questão é: O fato do fanatismo religioso tornar as pessoas malucas, sendo prejudicial ao bem estar de famílias... Temos que tomar muito cuidado para com esses dois temas.


Nota: 6,5.