Salve, salve companheiros
da Sala Reclusa, já estamos em 2014 e, hoje, estamos de volta ao trabalho de
resenhar os grandes sucessos que estão no ar nos cinemas de todo o planeta.
Para começar o ano com o pé direito, baixei uma série de filmes para poder escrever
um pouco, alguns por indicação, outros por pura curiosidade, contudo, estreio
em 2014 com o remake de Carrie: A Estranha. O filme foi dirigido por Kimberly
Peirce, americana de 46 anos com poucos trabalhos no currículo, no elenco, os
destaques vão para a falta de brilho da fofíssima e bela Chloë Grace Moretz (A
Invenção de Hugo Cabret) e as boas atuações de Julianne Moore (Parque dos
Dinossauros) e Judy Greer (Two and a Half Man).
Boa história para pouco filme. (Divulgação) |
O primeiro filme foi
rodado em 1976, se tornou um grande sucesso, mas era óbvio que a aclamada obra
de um dos mestres do terror, Stephen King merecia um filme na atualidade. O
filme começa com o parto para lá de paranormal de Margaret White (Julianne
Moore), a mulher, visivelmente perturbada, se articula para matar o bebê, porém
a compaixão de mãe a faz desistir, cuidando da menina. Quando adolescente,
Carrie tem a primeira menstruação, o problema é que ela menstrua no vestiário
da escola, fazendo um escândalo e gerando uma prática de bullying que vai
transformar o desenrolar da história.
Resultando em vídeo na
internet, o bullying mexeu, de alguma forma, com todas as garotas da turma,
Carrie (Chloë Grace Moretz) vai se descobrindo como mulher e como seus “atos”
paranormais, Sue Snell (Gabriella Wilde) se arrepende e passa todo o filme com
remorso do que fez, coitadinha. Chris Hargensen (Portia Doubleday), a que mais
dá força e divulga o terror psicológico com Carrie, deixa de ser só uma
patricinha e se torna um verdadeiro monstro, causando uma soma de sensações
terríveis na garota “mutante”.
Difícil relação entre mãe e filha é um dos focos da história. (Divulgação) |
Após a cena traumatizante,
a professora Rita Desjardin (Judy Greer) é quem mais dá força a Carrie, punindo
severamente as patricinhas, ameaçando de suspender as garotas e proibir a
participação no baile de formatura. O que eu sinceramente não entendendo é essa
fixação dos americanos em bailes escolares, pode ser um pouco de ignorância por
viver outra cultura, mas acho uma grande bobagem. Seguindo a história,
percebe-se o verdadeiro terror psicológico de Carrie dentro de casa, a mãe da
garota é uma fanática religiosa que se auto-flagela e obriga Carrie a virar noites
trancadas em um armário rezando para imagens de Cristo sofrendo na cruz,
criando certo medo da garota para com Cristo e suas dores.
Arrependida, Sue tem a
ideia e pede para seu namorado, Tommy Ross (Ansel Elgort) convide Carrie para o
baile, ela abre mão do baile para tentar fazer com que nossa estranha
protagonista fique feliz, um gesto nobre que poucos são capazes de fazer. Enquanto
isso, Chris e seu namorado marginal, Billy Nolan (Alex Russell) armam para
fazer Carrie pagar mais um mico, dessa vez, em pleno baile de formatura. O
casal roubam sangue de um porco e colocam em um balde, além disso, eles alteram
a votação para rei e rainha do baile, resultando em mais humilhação para a bela
Carrie.
No baile, o fato acontece,
mas antes disso, vemos momentos para lá de felizes de Carrie, ela começa a se
apaixonar por Tommy, confesso que me apaixono pelas atuações de Chloë, com
apenas 16 anos, a atriz faz papeis de adultos, fantástica! Mas, de fato, ela
não empolga como Carrie. Bem, voltando a falar do filme, Sue invade o baile
para tentar salvar Carrie e desmascarar Chris, infelizmente já era tarde
demais, o sangue de porco vai descendo pelo corpo da garota, enquanto o ódio
toma conta de seu coração, resultando em cenas assustadoras, com seus
“poderes”, se é que dá para chamar isso de poder, a menina se vinga de todos os
que armaram e riram dela, dando-lhes mortes tenebrosas. O que ela não contava
era que seu ato resultasse na morte de Tommy, o balde cai em sua cabeça com uma
força que abre a face do rapaz, isso mesmo, as mortes são tenebrosas.
O final é então
fantástico, ela se vinga de Chris de uma maneira que a garota jamais
esqueceria... Se tivesse vivido para contar história, terminando em uma
discussão agressiva de mãe e filha, culminando na morte brutal de Margaret.
Carrie vive momentos de tensão que ela jamais imaginava viver, ela foi do
inferno ao céu e retornou ao inferno em um só dia, ela se sacrifica por estar
arrependida de seus atos, isso quando ela volta para si, mas já era tarde
demais.
Carrie, a sem emoção. (Divulgação) |
Pois bem, minhas críticas
para o longa são pesadas, eu, sinceramente acho a história muito boba. Não no
quesito terror psicológico, e sim no quesito enredo, tudo aquilo por um baile
de formatura, o que essas garotas americanas têm na cabeça? Contudo, os efeitos
do filme não são dos melhores, bom, para quem crítica os efeitos da série
Spartacus, assista a Carrie e veja o que são péssimos gráficos. Por outro lado,
quero fazer você refletir em dois pontos, primeiro, até onde o terror
psicológico pode levar um adolescente? A uma vingança sanguinária ou um
suicídio precoce? A outra questão é: O fato do fanatismo religioso tornar as
pessoas malucas, sendo prejudicial ao bem estar de famílias... Temos que tomar
muito cuidado para com esses dois temas.
Nota:
6,5.