quarta-feira, 24 de junho de 2015

Jurassic World – Resenha Crítica

Revivendo os anos 1990, Jurassic World é ainda melhor que a trilogia original, por isso tem sido recorde de bilheteria e sucesso de crítica. O filme relembra os melhores momentos de um dos auges de Steven Spielberg e se apoia nas melhorias visuais para atrair o público sedento pelo “Efeito Nostalgia”. O filme foi dirigido por Colin Trevorrow, um jovem estadunidense que agora deve crescer bastante pela renda total do longa. Produzido em 2014, o projeto Jurassic Park sempre era estudado a cada ano, saiu do papel e voltou as telonas agora na metade de 2015, voltou ao cinema 14 anos depois do terceiro filme da série.
Gigante aquático se destaca na nova aventura jurássica. (Divulgação)
Em Jurassic World, o papel principal ficou com Chris Pratt, o líder de Os Guardiões da Galáxia está na moda, é o cara do momento e não decepciona como Owen Grady, um estudioso de Raptors que trabalha no Parque. Quem também se destaca são Bryce Dallas Howard como Claire Dearing (também protagonista) e Vincent D’Onofrio (MIB e a série Marvel Daredevil) que interpreta Vic Hoskins, mais uma vez, o ator foi vilão e como vilão ele não costuma decepcionar. O filme se passa na Ilha Nublar, a mesma do primeiro filme, o Parque foi reaberto e é um sucesso de público, atraindo milhares de pessoas, o problema é que com o passar do tempo as atrações deixam de ser interessantes e o público começa a se dispersar.

Dessa forma, Simon Masrani (Irrfan Khan, As Aventuras de Pi), o proprietário do Parque aceita que os cientistas criem uma nova espécie que chame atenção do público, as consequências são catastróficas e o filme trata destas. Enquanto Masrani busca uma nova criatura que atraia a população, o Dr. Henry Wu (B.D. Wong) junto a Vic Hoskins planejam utilizar os animais como armas de guerra, por isso, elaboraram uma criatura altamente perigosa, veloz e letal, um Raptor de 20 metros de altura. Em meio a trama, dois jovens vão passar uma semana de férias na Ilha, os irmãos Zach (Nick Robinson) e Gray Mitchell (Ty Simpkins) vivem um dilema familiar devido a crise no casamento dos seus pais, por isso não estão mais tão unidos como antes, cabe ao Parque reanima-los.

Enquanto Owen tenta provar que os dinossauros devem ser tratados com carinho, Hoskins só espera um erro para por seu plano em prática, se inicia a revolta dos animais. Liderados pelo principal revoltoso, o Indominus rex mistura o DNA do Carnotaurus, do Majungasaurus, do Rugops e do Giganotosaurus, tiranossauro rex e velociraptor, além do DNA de alguns animais modernos, ou seja, temos uma criatura híbrida, mais do que um simples dinossauro. Violento, o animal transforma o Parque num verdadeiro campo de batalha, onde os demais animais acabam fugindo do seu habitat e invadindo o ambiente dos seres humanos, a guerra foi instalada e não falta pânico no longa. As cenas são bem divertidas, a melhoria nos efeitos especiais é certeza de uma melhor aceitação do público, vale a pena cada imagem. Outro fato curioso é que poucas pessoas são “perdoadas” pelos répteis, dificilmente há sobreviventes e você entenderá do que eu falo ao assistir o filme.

Chris Pratt lidera o sucesso de
 bilheteria em 2015. (Divulgação)
No geral, o filme apresenta uma trama legal somado ao ótimo desempenho gráfico, a verdade é que a série melhorou bastante, além de ser auxiliado pelo “Efeito Nostalgia”, a prova disso foi o recorde de bilheteria. Jurassic World é o filme do momento e se mostrou um filme bem interessante, não foi apenas algo bobinho e infantil, é completamente o oposto de outros filmes trashs que vivem circulando na indústria. Diria que é um filme que valha a pena até assistir em 3D, possui cenas bem imensas como a do ataque do Indominus aos garotos que passeavam num brinquedo do Parque e, é claro, a do dinossauro aquático que mata o que ver pela frente e chama atentão no filme.

Outro ponto positivo é o papel científico durante todo o filme, tanto da produção dos animais, o comportamento e a perda do controle dos humanos com os répteis, como também os diversos interesses políticos nas atrações do Parque. Como destaque individual, não resta dúvidas ao exaltar o bom trabalho de Chris Pratt, é o cara do momento e ainda deve crescer bastante tendo em vista as próximas produções da Marvel Studios. Jurassic World é um dos bons filmes que a indústria oferece em 2015, está longe de ser um dos melhores, mas vale o ingresso até mesmo em 3D.

Até a próxima!

Nota: 7/10