quinta-feira, 6 de março de 2014

Trapaça – Resenha Crítica

Salve, salve, fãs do cinema e amigos da Sala Reclusa! Após a premiação do Oscar, precisei de alguns dias para entender o porquê de Leonardo Di Caprio seguir sem conquistar uma estatueta, méritos para Matthew McConaughey e para a Academia mais vendida do planeta. Depois disso, voltei a assistir filmes, o escolhido foi um longa muito bem indicado, o grande vencedor do Globo de Ouro, mas que acabou saindo de lá com as mãos vazias no Oscar, Trapaça não deu sorte, mesmo sob direção de David O. Russell.
Grande elenco em um filme razoável. (Divulgação)

O filme acontece no fim dos anos 1970, mais precisamente em 1978. Começo destacando o elenco excepcional, como por exemplo, os protagonistas, logo quatro gigantes na atualidade, Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper e Jennifer Lawrence. Ainda contando com Jeremy Renner e a participação especial de Robert De Niro. O filme conta a história de um gênio da picaretagem, Irving Rosenfeld (Christian Bale), que tem uma empresa de investimentos, no caso, ele engana pessoas em situação desesperadora e investe em si próprio, sempre lucrando.

Nisso, surge Sydney Prosser (Amy Adams), que também muito esperta, se apaixona por Irving e, muda de identidade e se transforma em Lady Edith Greensly, se unindo ao vigarista e colaborando para o crescimento da empresa fantasma. Além deles, o filme abrange a vida de mais duas pessoas, o agente Richard "Richie" DiMaso, que fecha um acordo com Irving para a operação junto ao FBI para prender políticos corruptos, e Rosalyn Rosenfeld (Jennifer Lawrence), que é esposa de Irving. Lembrando que Irving adotou o filho de Rosalyn e, por isso, não se divorcia da esposa.

Após roubar boa parte do país, Irving é convocado pelo FBI para participar de um esquema que incrimina vários políticos, incluindo aquele que ele se afeiçoaria, o prefeito Carmine Polito (Jeremy Renner). Elaborando esse grande golpe, várias outras tramas vão surgindo, por exemplo, a vida de Irving é bastante complicada, ele é apaixonado por Edith, mas o seu amor pelo filho faz sempre com que ele retorne para Rosalyn, enquanto isso, Richard é perdidamente apaixonado por Edith e várias traições vão acontecendo, uma verdadeira novela.

O elenco é excelente, mas o filme é
 somente bom. (Divulgação)
Uma das coisas mais interessantes do filme, é que Carmine Polito é um político bem honesto, que ama o seu povo e sua cidade de maneira que aceita participar de um desvio de verbas que trará grandes investimentos para Camden, Nova Jérsei. Apesar do bom tema, o filme é um pouco grande e algumas cenas são muito entediantes, o que faz com que o filme não tenha realmente merecido o Oscar, tornando o filme bem comum, mesmo com grandes atuações. Quem realmente está bem, mais uma vez, é Christian Bale, o galês segue com uma carreira impecável, ainda não me recordo de ter assistido um filme dele que seja ruim e que ele esteja mal, é o grande cara da atualidade, na minha humilde opinião, é claro.

Cenas bastante perigosas, o amor pelas pessoas pelo dinheiro e, novamente, Robert De Niro como um mafioso deram uma melhorada no filme nos momentos finais, queria também destacar o brilhante plano final, no qual, Irving consegue ajudar o FBI a prender os políticos corruptos, ficar com seu filho, seu dinheiro e com seu grande amor, Edith e ainda faz com que Richard, o seu desafeto, saia sem nenhum crédito, é genial, é espetacular, é uma reviravolta inimaginável. A história é um pouco inspirada na operação do FBI ABSCAM, onde vários corruptos foram presos, no lugar de Irving, o gênio era Melvin Weinberg.

Pois bem, ainda não tive a oportunidade de assistir 12 Anos de Escravidão, eleito melhor filme no Oscar deste ano, mas acredito que realmente tenha merecido. Gravidade foi o grande vencedor da noite, muito por prêmios técnicos, mas também consagrou o seu diretor, Cuarón, também muito justo. Trapaça acabou não tendo tanta sorte, disputou em várias categorias, mas acabou perdendo para os campeões, não foi a vez de Russell. Nesse ponto, eu concordei com a Academia, pois o filme é bom, mas longo e monótono, sem falar que muitas cenas não têm a menor graça, o que realmente salvou a trama foi o gigantesco bom elenco e só.

Christian Bale em mais uma transformação, contudo, a nota do filme se resume a forma dele. (Divulgação)


Grande abraço!

Nota: 6,5.